segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

HISTORIA DO CARNAVAL NO BRASIL

O Carnaval do Brasil é a maior festa popular do país. A festa acontece durante quatro dias (que precedem a quarta-feira de cinzas). A quarta de cinzas tem este nome devido à queima dos ramos no Domingo de Ramos do ano anterior, cujas cinzas são usadas para benzer os fiéis no início da quaresma. O Carnaval prepara o início da quaresma, isto é, seu último dia precede a quarta-feira de cinzas (início da Quaresma

Origens brasileiras

Jogos durante o entrudo no Rio de Janeiro
Aquarela de Augustus Earle, c.1822
Em finais do século XVIII, o entrudo era praticado por todo o país, consistindo em brincadeiras e folguedos que variavam conforme os locais e os grupos sociais envolvidos. As primeiras tentativas de civilizar a festa carnavalesca brasileira foram através da importação dos bailes e dos passeios mascarados parisienses, colocando o Entrudo Popular sob forte controle policial. A partir do ano de 1830, uma série de proibições vai se suceder na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa grosseira.
Em finais do século XIX, toda uma série e grupos carnavalescos ocupam as ruas do Rio de Janeiro, servindo de modelo para as diferentes folias. Nessa época, esses grupos eram chamados indiscriminadamente de cordões, ranchos ou blocos. Em 1890, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira música especificamente para o Carnaval, "Ô Abre Alas!". A música havia sido composta para o cordão Rosas de Ouro que desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro durante o carnaval. Os foliões costumavam freqüentar os bailes fantasiados, usando máscaras e disfarces inspirados nos baile de máscaras parisienses. As fantasias mais tradicionais e usadas até hoje são as de Pierrot, Arlequim e Colombina, originárias da commedia dell'arte.
Atualmente, no Rio de Janeiro e em várias grandes e pequenas cidades, as escolas de samba fazem desfiles organizados, verdadeiras disputas para a eleição da melhor escola do ano segundo uma série de quesitos. Com o crescimento vertiginoso dessas agremiações o processo de criação se especializou gerando muitos empregos concentrados, principalmente, nos chamados barracões das escolas de samba.
O desfile mais tradicional acontece no Rio de Janeiro, na Passarela do Samba, como é chamado o sambódromo carioca, primeiro a ser construído no Brasil. Outros desfiles importantes ocorrem em Florianópolis, Porto Alegre, Manaus e em Vitória. Recentemente o desfile das escolas de samba de São Paulo adquiriu relevância ao passar a ser transmitido pela Rede Globo para todo o país.
Além dos desfiles das escolas de samba acontecem também os desfiles de blocos e bandas, grupo de pessoas que saem desfilando pelas ruas das cidades para se divertir, sem competição. Também existem os ébailes de carnaval, realizados em clubes, ou em áreas públicas abertas, com execução de músicas carnavalescas.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

GRES UNIDOS DA TIJUCA

História

A Unidos da Tijuca tem forte ligação com as tradições portuguesas. A escola nasceu no último dia do ano de 1931, no bairro carioca da Tijuca, formada por operários de fábricas de tecidos e de cigarros da região. O único campeonato conquistado pela escola foi em 1936. Com o samba “Vou juntando o que eu quiser, minha mania vale ouro. sou Tijuca, trago a arte colecionando o meu tesouro”, a escola ficou em 5º lugar no Carnaval carioca de 2008.

Cores oficiais: Azul e amarelo

SAMBA ENREDO
"Tijuca 2009: Uma Odisséia no Espaço"
Compositores:
Julio Alves e Totonho
Intérprete:
Bruno Ribas

Dourado é o sol a clarear

No azul do céu, estende o véu, isso é Tijuca

Chegou, na cauda do cometa o pavão

E a minha estrela foi buscar na imensidão

Cruzou o céu no limiar do infinito

O meu Borel visto de cima é mais bonito

Eu vou alçar ao espaço

Cavaleiro alado a desvendar

Além das estrelas o Monte de Zeus

Horizonte de meu Deus, Oxalá


Vai Tijuca, me faz delirar

A essência vem de lá

Da ciência a navegação

Luar que embala meus sonhos

Luar de qualquer estação


Eu vi brilhar em seu olhar a devoção

A lenda do Guerreiro e o dragão

O despertar da fantasia

Vi também, a criança em seu carrossel

De heróis das estrelas um céu

De mistérios e magia

Na tela, tantas jornadas pelos astros
Compositores do Samba-Enredo Júlio Alves e Totonho

Quem dera poder viver em pleno espaço

Vejo em minha lente a imagem sideral

Viagem do meu carnaval


A nave vai pousar

E conquistar seu coração

O dia vai chegar

Quando brilhar nossa constelação
















GRES BEIJA FLOR DE NILOPOLIS

Historia
Atual campeã do Carnaval carioca, a escola é a que mais conquistou títulos nesta década na Marquês de Sapucaí: 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008. Nascida em 1948, na cidade de Nilópolis, a Beija-Flor conquistou seu primeiro campeonato em 1976, com o carnavalesco Joãosinho Trinta, que passou 17 anos com a escola. Em 1989, apresentou um de seus desfiles mais ousados, com o samba "Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia", que trazia uma ala de mendigos e uma imagem do Cristo Redentor, coberto por ordem da Igreja.

Cores oficiais: Azul e branco

SAMBA ENREDO
"No chuveiro da alegria, quem banha o corpo lava a alma na folia"
Compositores:
Tom-Tom, Jorge Augusto, Veni Vieira, Lopitos e Marcelo Guimarães
Intérprete:
Neguinho da Beija-Flor

Águas do tempo
Fonte da vida pura inspiração
No azul da fantasia mergulhei
Nas ondas da emoção
Lá no Egito começou o hábito de se banhar
Um ritual de prazer que conquistou a realeza
No Oriente imperou e os males da mente expulsou
Nas ervas o aroma renovou, nas termas a luxúria e o vapor
Chega a idade das trevas, o corpo se fecha, o sonho acabou
E o que dava prazer, virou pecado, o banho foi excomungado

As águas rolaram
As mentes lavaram, clareou!
O índio ensinou, o banho voltou
E o mundo se purificou

Renasce a esperança, toda corte é perfumada
A sujeira é disfarçada até que um francês descobriu
Corpo limpo, corpo são, o banho evoluiu
Banho de chuva, banho de cheiro oi...
Banho de felicidade, banho de gato amor
Relaxa e da calor de verdade, banho de lua ou de sol
Na cachoeira ou no mar, odoyá yemanjá
Oxum: a deusa do encanto, estende o seu manto
Aos orixás a nossa fé, quem banha o corpo, lava a alma
E toma um banho de axé

No chuveiro da alegria
Salve! As águas de oxalá, embala eu babá
Feito um rio de magia que deságua luxo e cor
Banhando o povo vem a Beija-Flor