Permaneço em uma fase
Que parece eterna,
Onde o eterno não mais existe.
O que antes era em excesso para mim
Hoje me é escasso;
E os poucos que me restam
Parecem-me impossíveis...
Talvez nem o sejam,
Mas seriam tão difíceis
Que não me arriscaria
A tamanha façanha outra vez.
Esta sede que sinto
Impede-me de continuar
E me obriga a segurar-me até em abstratos,
Mesmo sabendo que não conseguirei
Manter-me firme durante muito tempo.
Estou em um labirinto
Onde só eu conheço a saída.
O desafio mais uma vez me foi lançado,
E eu não quero mais andar em círculos;
Seguirei uma nova trilha,
Tantas vezes criada
E não percorrida por mim.
Chegou minha hora
De quebrar a razão.
Vejo meu progresso...
Parti do zero absoluto,
Mas a ele
Nunca mais retornarei.
Priscilla Batista Ferreira
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